Drift, modalidade do automobilismo criado no Japão pelo piloto Tsuchiya Keichi apelidado de Dori-Kin (Rei do Drift) que consiste, resumidamente, em deslizar, derrapar, a traseira do carro nas curvas de modo controlado contornando toda a curva ou traçado criado pelos organizadores da prova.
Em um campeonato de Drift temos, além do treino livre, as voltas classificatórias e as voltas finais para definir o ganhador. Nestas voltas são avaliados os seguintes pontos:
• Volta classificatória:
Volta realizada por um piloto de cada vez onde onde é avaliado o ângulo em que o piloto efetua sua manobra, a velocidade da sua manobra, o seu traçado (distancia entre os pontos marcados pelos organizadores). Outros critérios observados pelos jurados é a quantidade de fumaça durante a manobra, beleza da manobra e o controle do piloto sobre o carro(correção da direção do veiculo, quanto menos o piloto corrige a frente do carro melhor será a sua manobra e consequentemente a pontuação).
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• Volta Final:
Após a classificação, a definição das chaves é feita entre o primeiro colocado com o ultimo, segundo com o penúltimo e assim por diante. Durante a volta final são avaliados basicamente os mesmo pontos que a volta de classificação só que agora saem dois pilotos de cada vez. O intuito desta volta é realizar o traçado pontuando da melhor forma como na classificação (angulo, velocidade, beleza na manobra, fumaça, controle sobre o carro) e também manter uma distancia boa entre seu oponente.
A volta final pode ser realizada com 3 ou 2 voltas, depende dos pilotos que estão na chave. Caso seja escolhido as 3 voltas, a primeira é livre, utilizada para aquecimento de pneus, e as duas últimas são válidas, onde reveza-se a ordem dos pilotos (o que foi na primeira volta válida na ponta na segunda irá em segundo). Durante estas duas voltas válidas algumas regras são observadas, como ultrapassagem. A ultrapassagem em um campeonato de Drift é permitida, porem em casos onde o piloto espalhe, ou perca a trajetória da sua manobra. Se em uma curva o segundo piloto entre com um ângulo menor que o primeiro colocado e com isso efetue a ultrapassagem, sem nenhum erro do piloto da ponta, esta sua manobra irá negativar o total de pontos somados durante a volta.
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De onde tirei toda essa informação???? Será que fui ao Japão para isso? Quase meus amigos. Em entrevista exclusiva ao Aspro Brasília, Rui Takeda, juiz oficial da Drift Show, nos repassou todas essas informações.
Rui morou no Japão e participou efetivamente do mundo do Drift, onde foi piloto e juiz. Com uma grande bagagem, Rui, juntamente com a Drift Show e todos os outros pilotos da categoria, vem divulgando esta modalidade com toda sua essência.
Tudo isso para falar da primeira etapa do campeonato brasiliense de Drift, que ocorreu nos dias 26 e 27/05. Novos ares no autódromo internacional de Brasília, recheado de muita fumaça, muita técnica, muito companheirismo e muita, mas muita adrenalina. O traçado utilizado foi a curva da vitória, ou curva zero, onde logo após o término da curva os pilotos já tinham que efetuar a troca de lado da pista, com a manobra chamada Furikae, para contornar o U posicionado pouco antes da entrada dos box.
Logo no sábado já percebemos que a coisa seria muito séria ao acompanhar o primeiro treino livre. A primeira categoria a descer para a pista foi a nacional e logo em seguida a importado.
Durante todo o sábado o nível de técnica dos pilotos foi colocado a prova, pois a curva da vitória é de alta e exigia muito conhecimento dos pilotos como também confiabilidade no seu carro, pois logo abaixo deveriam efetuar uma desaceleração brusca para poder contornar o U. Infelizmente no final da tarde a chuva chegou lavando a pista mas mesmo assim os pilotos continuaram o seu treino.
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Domingo logo cedo e o público já ocupando a arquibancada e a movimentação de box anunciava o grande dia. Todas as equipes dando os últimos acertos e limpando os carros para dar inicio a formação do grid.
Com as voltas classificatórias em andamento, os jurados analisaram os pontos de cada volta (ângulo, velocidade beleza da manobra fumaça e etc) e também pontos no traçado, onde o piloto deveria passar o mais próximo possível. Estes pontos eram marcados com cone e 2 dos 3 cones posicionados na pista os pilotos deveriam passar jogando a traseira, e em alguns casos cuspindo o cone longe hahaha. O cone posicionado no U, logo após a curva, os pilotos deveriam passar com a frente do carro rente a ele. Após os treinos as chaves foram montadas e foi dado inicio as finais do campeonato. Dentre várias disputas lindas travadas durante todo o campeonato, podemos listar 3. Primeira, entre o piloto Tiago , da Drift Hoby, e Flávio Matsushita onde os dois entravam muito forte na curva com ótimos ângulos porem quem se saiu melhor foi o Flávio pois a quantidade de vezes que o Tiago efetuou a correção da direção do seu carro durante sua volta foi um dos fatores cruciais neste resultado. Segundo temos o brasiliense Helio Fauso, da BSB Drift, que com sua BMW “Jei” chegava assustando com todo aquele ronco e toda aquela fumaça pra cima do seu oponente Didi Seki que também não deixava barato, tanto que tivemos uma volta de desempate onde o vencedor foi o Didi. Por ultimo e melhor volta, Diego Shimazaki e Flávio Matsushita que nenhum comentário poderia descrever a garra destes dois pilotos e que no final Diego Shimazaki levou a melhor.
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Categoria Importados:
2º Flávio Matsushita
3º Willian Gobato
4º Didi Seki
Melhor ângulo: Willian Gobato
Piloto destaque: Helio Fausto
Categoria Nacionais:
2ºRodrigo Meirelez
3º Jailan Costa
Melhor ângulo: Rodrigo Meirelez
Piloto destaque: Rodrigo Meirelez
Parabéns a Podium Race e Gustavo Carvalho pelo evento, ao Rui Takeda pela ótima entrevista e disposição para esclarecimentos das nossas dúvidas, aos pilotos e a Drift Show ao Helio Fausto, piloto da Brasília Drift, que levantou o público com sua volta e seu carisma.
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